Combustível Produzido a partir de Óleos Vegetais – Palma!
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Um combustível produzido a partir de óleos vegetais que vem sendo muito utilizado é o óleo de palma, com uso principalmente no continente europeu.
Esse é um “tema quente” por uma série de razões, algumas delas controversas. Com o óleo de palma, é feito o biocombustível, o mais utilizado na Europa.
No entanto, mudanças recentes na legislação da União Europeia podem acabar com esta situação.
Vejamos, com os dados em mãos, a questão do seu uso de energia, o impacto ecológico e o futuro do biocombustível mais utilizado na Europa hoje. Leia conosco e saiba mais sobre esse combustível produzido a partir de óleos vegetais.
Os principais usos desse combustível produzir a partir de óleos vegetais
A indústria de alimentos e cosméticos usou e continua usando esses óleo. Pelas suas características, é utilizado em cremes e também na alimentação. No entanto, está diminuindo devido ao impacto ecológico do crescimento da planta e da conscientização do consumidor.
Além de cosméticos e alimentos, o outro grande uso da palma é como biocombustível. Para reduzir as emissões poluentes e ter maior independência dos combustíveis fósseis, os biocombustíveis pareciam uma boa alternativa há alguns anos.
Por isso, o uso de biocombustíveis no mundo já era, em 2016, de mais de 352 bilhões de litros. Seu principal consumidor são os Estados Unidos (que fabrica e consome, sobretudo, biocombustível à base de soja).
O uso como biocombustível na Europa
Conforme mencionado, esse exemplar é o principal combustível produzido a partir de óleos vegetais no continente europeu. Os motoristas europeus usam mais do que a indústria cosmética e alimentar combinadas.
Quase toda a produção desse óleo que ocorre lá na Europa é na Espanha e na Itália. Na verdade, 95% do biocombustível produzido pela Espanha é advindo da palma. Enquanto isso, 90% do biocombustível produzido na Itália também é de palma.
O resto é importado, sendo os principais produtores a Indonésia, Malásia, Colômbia ou Nigéria. Esses países mantêm enormes plantações de dendê que criam problemas ambientais, como veremos mais adiante.
Na verdade, a produção da palma está aumentando, o que fez com que seu preço caísse. Embora isso o torne mais atraente em comparação com alternativas como o petróleo, as preocupações ecológicas estão crescendo.
A mudança da legislação na Europa sobre o uso como biocombustível
A União Europeia mudou recentemente sua postura em relação ao óleo de palma como biocombustível e as regras serão mais rígidas.
Isso porque a União quer reduzir os biocombustíveis que produzem mudanças no uso da terra, nos ecossistemas e mais emissões de gases de efeito estufa do que economizam. Na verdade, dados da Comissão levaram à conclusão de que o biocombustível de óleos de palma pode até triplicar essas emissões para a atmosfera. Isso se deve principalmente às chamadas emissões indiretas.
As áreas desmatadas para o cultivo da palma e a alteração dos ecossistemas para sua produção fazem com que esses locais não possam mais capturar CO2 e agravem as mudanças climáticas.
Isso levou ao fato de que, em 2019, a União Europeia esse combustível produzido a partir de óleos vegetais como um biocombustível insustentável. Os subsídios foram removidos e, de fato, alguns países como a França estão se adiantando e não usam a palma como biocombustível desde 2020.
As consequências negativas para o meio ambiente
Embora seja um bom combustível produzido a partir de óleos vegetais do ponto de vista energético, os efeitos prejudiciais ao meio ambiente são:
1. Desmatamento e seu enorme impacto nas mudanças climáticas
Como já mencionamos, o desmatamento para plantar safras tem um efeito negativo sobre as mudanças climáticas. Isso é acentuado pelo fato de que o que é principalmente desmatado é a selva.
A maior parte da produção mundial está localizada em áreas tropicais e de selva, cujo poder de capturar CO2 e reduzir as mudanças climáticas é imenso.
2. A destruição da biodiversidade e a extinção de espécies
Não apenas as áreas de cultivo costumavam ser florestas exuberantes com o poder de regular o clima, mas também eram territórios de imensa biodiversidade animal e vegetal.
Espécies nativas protegidas, como o orangotango, estão em perigo porque sua área de distribuição natural é reduzida. Junto com eles, milhares de outras espécies de plantas e animais são deslocadas ou eliminadas.
3. O empobrecimento do solo
As raízes das árvores ancoram o solo. Quando eles desaparecem, o clima deixa de ser regulado. Isso torna as secas e chuvas torrenciais mais frequentes, ao invés de produzir fenômenos mais amenos e estáveis. Ao mesmo tempo, essas chuvas arrastam o solo que perdeu aquela estrutura arbórea. O resultado final é que o terreno se torna mais pobre.
4. As consequências sociais
A produção massiva de palma teve um impacto positivo na economia de áreas tradicionalmente pobres. Por isso, é necessário que a restauração do equilíbrio ofereça alternativas para quem mais precisa.
Resumindo, o óleo de palma é o biocombustível mais usado na Europa, mas isso vai mudar devido às consequências ecológicas negativas.